CÃO DAS MONTANHAS DOS PIRINEUS

Grupo: Cães de Guarda e Utilidade

Função: Cão de  Guarda  de Rebanho e Defesa

País de origem: França

Aprovado por: Éric de Moraes Bastos – presidente

APARÊNCIA GERAL: cão de tamanho grande, imponente e fortemente constituído, mas não sem uma

certa elegância.

PROPORÇÕES IMPORTANTES

• a largura máxima do crânio é igual ao seu comprimento.

• o focinho é ligeiramente mais curto do que o crânio.

• o comprimento do corpo, da ponta do ombro à ponta da nádega, é ligeiramente superior à altura do

cão na cernelha.

• a altura do peito é igual à metade da altura na cernelha ou ligeiramente inferior.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: utilizado para assegurar, sozinho,

a proteção do rebanho contra os ataques dos predadores, sua seleção foi feita baseada nas suas

aptidões para a guarda e dissuasão, e seu apego ao rebanho. As principais qualidades

consequentemente são a força e a agilidade, como também a meiguice e o apego aos que são

protegidos por ele. Esse cão de guarda tem uma propensão à independência e um senso de iniciativa

que exigem da parte de seu dono uma certa autoridade.

CABEÇA: não muito forte em relação ao tamanho do cão. Suas laterais são bastante planas.

REGIÃO CRANIANA

Crânio: a largura máxima do crânio é igual ao seu comprimento. Ele é ligeiramente abobadado pelo

fato de a crista sagital ser perceptível ao toque. A protuberância occipital sendo aparente, faz com que o

crânio, em sua parte posterior tenha a  forma ogival. As arcadas sobreciliares não são marcadas; o

sulco mediano é  apenas perceptível ao toque entre os olhos.

Stop: em ligeiro declive.

REGIÃO FACIAL

Trufa: inteiramente preta.

Focinho: largo, ligeiramente mais curto do que o crânio, diminuindo progressivamente para sua

extremidade. Visto por cima, ele tem a forma de um “V” com a ponta truncada. Ele é bem cheio

debaixo dos olhos.

Lábios: pouco caídos e cobrindo exatamente o maxilar inferior. São pretos ou fortemente manchados de

preto, assim como o palato.

Maxilares /  Dentes: a dentição deve ser completa, os dentes saudáveis e brancos.

Mordedura em tesoura (os incisivos superiores encobrindo os inferiores sem perder contato); a

mordedura em torquês é admitida assim como os dois incisivos centrais inferiores projetados para a

frente.

Olhos: mais para pequenos, amendoados, ligeiramente oblíquos, de expressão inteligente,

contemplativos e de cor marrom âmbar. As pálpebras não são jamais frouxas e possuem as bordas

pretas. O olhar é meigo e sonhador.

Orelhas: inseridas na altura dos olhos; bastante pequenas, de forma triangular e arredondadas nas

extremidades. Elas caem retas contra a cabeça e são portadas um pouco mais altas quando o cão está

atento.

PESCOÇO: forte, curto, com barbelas pouco desenvolvidas.

TRONCO: o comprimento do corpo da ponta do ombro à ponta da nádega é ligeiramente superior à

altura do cão na cernelha. A altura do esterno ao solo é aproximadamente igual à metade da altura na

cernelha, porém jamais inferior.

Linha superior: bem sustentada.

Cernelha: larga.

Dorso: de bom comprimento; sólido.

Lombo: de comprimento médio.

Garupa: ligeiramente oblíqua, com ancas bastante salientes.

Flancos: pouco descidos.

Peito: não muito descido, porém largo e profundo. Ele deve atingir o nível do cotovelo, não mais baixo.

Sua altura é igual ou ligeiramente inferior à metade da altura do cão na cernelha. As costelas são

ligeiramente arredondadas.

CAUDA: ela desce, no mínimo, até a ponta do jarrete. É espessa e forma um penacho.

Portada baixa quando em repouso, com sua extremidade formando, de preferência, um gancho.

Quando em atenção, ela se levanta sobre o dorso, arredondando fortemente, e somente sua

extremidade toca o lombo (“fazendo a roda”, segundo a expressão usada pelos montanheses dos

Pireneus), quando em alerta.

MEMBROS

ANTERIORES: aprumados, fortes.

Ombros: medianamente oblíquos.

Braços: musculosos, de tamanho médio.

Antebraços: retos, fortes e bem franjados.

Carpos: os punhos estão no prolongamento do antebraço.

Metacarpos: ligeiramente oblíquos.

Patas: pouco alongadas, compactas, com os dedos um pouco arqueados.

POSTERIORES: apresentam franjas mais longas e mais densas do que os anteriores.

Vistos por trás, eles são perpendiculares ao solo.

Coxas: bem musculosas, não muito longas, medianamente oblíquas e redondas.

Joelhos: de angulação mediana no eixo do corpo.

Pernas: de comprimento médio e forte.

Jarretes: largos, secos, de angulação média.

Patas: pouco alongadas, compactas, com os dedos ligeiramente arqueados.

Ergôs: cada um dos membros posteriores apresenta ergôs duplos e bem constituídos.

Os membros anteriores apresentam, às vezes, ergôs simples ou duplos.

MOVIMENTAÇÃO: a movimentação do cão da montanha dos Pireneus é possante e fácil, jamais pesada.

O movimento é mais amplo do que rápido, com uma certa flexibilidade e elegância. As angulações

desse cão lhe permitem uma movimentação firme.

PELE: espessa e flexível; ela apresenta muitas vezes manchas pigmentadas sobre todo o corpo.

PELAGEM

Pelo: denso, liso, bastante longo e flexível, bastante áspero sobre os ombros e no dorso, mais longo

na cauda e ao redor do pescoço onde ele pode ondular ligeiramente.

O pelo do culote é mais fino, mais lanoso e muito denso. O subpelo é igualmente denso.

COR: branca ou branca com manchas de aparência cinza (pelo de texugo ou de lobo), ou amarelo claro

ou laranja na cabeça, nas orelhas, na raiz da cauda e às vezes sobre o corpo. As manchas texugo são

as mais apreciadas.

TAMANHO: Machos: 70 a 80 cm.

                Fêmeas:  65 a 75 cm.

Uma tolerância de 2 cm acima é admitida para os exemplares perfeitamente típicos.

FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na

exata proporção de sua gravidade.

Aspecto geral

• • Aparência geral: dando uma aparência pesada, sem distinção. Cães gordos, debilitados e apáticos.

Cabeça

• muito pesada, de forma retangular.

• crânio muito largo; testa arredondada.

• stop muito marcado ou inexistente.

• lábios muito descidos formando beiços.

• pigmentação insuficiente da trufa, das bordas das pálpebras e dos lábios.

Olhos

• redondos, claros, profundos ou proeminentes, muito grandes ou muito pequenos, muito próximos um

do outro ou muito afastados. Terceira pálpebra visível.

Expressão dura.

Orelhas

• largas, longas, aneladas, dobrada, portadas para trás, inseridas altas.

Pescoço

• fino; um pouco longo ou ao contrário, muito curto, dando a impressão de que a cabeça está  nos

ombros. Barbela muito pronunciada.

Tronco

• linha superior: selada ou carpeada; ventre esgalgado ou pendente.

Peito

• muito largo ou muito estreito; costelas planas ou em barril.

Cauda

• pouco densa ou mal portada; muito curta ou muito longa; sem penacho,  não “fazendo a roda” em

ação, ou fazendo-a sempre, mesmo em repouso.

Membros anteriores

• virando para fora ou para dentro;

• ângulo escápulo-umeral muito aberto.

Membros  posteriores

• virando para fora ou para dentro;

• jarretes retos ou excessivamente angulados

Patas

• longas; planas.

Pelo

• curto ou frisado, sedoso, mole, ausência de subpelo.

FALTAS ELIMINATÓRIAS

• cão agressivo ou medroso.

Cor

• outras cores senão aquelas indicadas no padrão.

Trufa

• de outra cor diferente da totalmente preta.

Maxilares

• prognatismo superior ou inferior ou qualquer outra má-formação.

Olhos

• falta de pigmentação nas pálpebras; olhos amarelos.

Ergôs

• ausência de ergôs, ergôs simples ou duplos atrofiados nos posteriores.

Tamanho

• fora dos limites.

• todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser

desqualificado.

NOTA:

• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e

acomodados na bolsa escrotal.